quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Vem cá, eu te respondo


Muitas pessoas que tem chegado até mim pelo Glúten ZERO, me perguntam como eu descobri ter a intolerância ao glúten. Pensando nisso, eu resolvi vir aqui contar um pouco sobre a minha descoberta. 

Bom, segundo o Dr° Fausto eu nasci com a intolerância ao glúten, e quando ele me disse isso e também quando comecei a pesquisar sobre a Doença Celíaca, muita coisa que eu sentia há alguns anos atrás, passaram a ter sentido.

Desde que eu me entendo por gente meu cabelo caia e minhas unhas eram muito fracas, eu nem me lembro quantas vezes consegui ter as unhas compridas. 
Aos Domingos, como de costume, minha Mãe fazia sempre uma macarronada suculenta, e eu sempre sentia fortes dores de estômago. Então eu resolvi que não comeria mais macarrão pra não sentir dor. Eu fui a um gastro, mas ele me disse que como o macarrão e o molho são alimentos que pesam no estômago, era normal eu sentir esse desconforto, e me passou o santo Omeprazol.

Eu fiquei cerca de um ano sem comer macarrão, e o mais engraçado era que quando eu comia pizza ou lanches, eu não sentia nenhum desconforto. 
Depois eu fui introduzindo novamente o macarrão na minha alimentação, mas comia em quantidade pequena, e não sentia mais o tal desconforto. 

Em meados de Novembro de 2011, eu passei por uma fragilidade emocional. Tive dores abdmonais muito intensas, barriga inchada, um emagrecimento brusco (cheguei a pesar 49kg), gases intestinais  e uma crise incessante de diarréia. Era difícil até ficar em pé, de tanta dor. 
De novo, eu procurei um gastro, por falta de um, fui em três especialistas, e os três me disseram a mesma coisa: "Amanda, vai pra casa, toma um comprimidinho de Omeprazol de oito em oito horas e esse calmante para você conseguir dormir, essas dores são por conta desse probleminha emocional.". 
Como os três disseram a mesma coisa, eu resolvi acreditar né? Engano meu. 

Eu fiquei 42 dias trabalhando de casa com diarréia. Mas em um desses dias, me senti mais disposta e consegui levantar da cama pra poder dar as caras no trabalho, mas não durou muito, passei mal e o Rodolfo cansado de me ver assim e não termos mais o que fazer, resolveu ligar para o Dr° Fausto (eles são amigos desde o colégio) e me levar até a casa dele. 

Fomos até lá e o Dr° Fausto me examinou, pediu todo o meu histórico de idas e vindas em médicos, perguntou sobre tudo o que eu estava sentindo, me pediu exames e me disse que suspeitava de ser intolerância ao glúten, e que a partir dali eu tinha que reparar em como o meu organismo respondia quando eu comia alguma coisa. Ele disse também que por conta dessa fragilidade emocional que eu havia passado, a imunidade ficou baixa e isso poderia evidenciar os sintomas da intolerância ao glúten, já que se trata de uma condição auto-imune do organismo. 

Fiz o exame de sangue, a ultrassom abdominal, os exames de urina e fezes que ele me pediu para eliminarmos toda e qualquer suspeita de qualquer outra coisa. 
O exame de sangue apresentou que o antiendomísio - anticorpo da Doença Celíaca, era positivo. Então partimos para a endoscopia. 

O resultado da endoscopia não podia ser mais exato, as vilosidades do meu intestino delgado estavam atrofiadas, não tinha sequer um vilo pra contar história. 
Dia 12 de Janeiro, eu recebi a ligação do Drº Fausto com o resultado do exame, eu não podia esperar mais. Eu chorei incessantemente, e me lembro dele ter falado que existe um site para celíacos, o Acelbra, e que lá eu encontraria todas as coisas que poderia comer a partir dali. Foi ai que eu me assustei, ter um site "pra mim", não, eu não queria. 


Laudo da biópsia da endoscopia


A partir dali, a minha vida tinha que ser isenta de glúten e eu teria (ainda tenho) que fazer um acompanhamento mensal com exames de sangue e o Dr° Fausto, para saber qual a minha evolução. 
Fiz a Densitometria Óssea e foi constatado que tenho a querida osteoporose no fêmur, mas graças a Deus é reversível. 

Hoje, 9 meses diagnosticada com a intolerância ao glúten, consegui reverter o grau da doença no meu organismo e descobri que a partir do 6º mês de dieta, as vilosidades do intestino começam a ser recuperadas já que o glúten não faz mais parte da minha alimentação, e assim, não agride mais essas vilosidades. Por isso que alguns celíacos podem comer glúten, porque o nível da intolerância é leve e não agride o intestino delgado como agride o de uma pessoa que está num grau mais avançado.

Com muitas opções que encontrei por SP, eu consigo viver sem o glúten tranquilamente. Sou uma pessoa que come de tudo, desde biscoitos até pizza. Mas é claro que eu daria tudo pra comer um pão francês quentinho com requeijão.

Minha família, meus amigos, o Rodolfo junto com a sua família, tem sido grandes companheiros nessa história toda. Sem falar no carinho que o Dr° Fausto tem comigo. 

Só quero alertar você de uma coisa, se você tem os sintomas citados abaixo ou conhece alguém que os tem, por favor, procure um médico e fale que você desconfia que seja intolerância ao glúten, não deixe que ele ignore o que você está sentindo, ele tem obrigação de cuidar disso e te instruir.

Principais sintomas de intolerância ao glúten: 
Unhas fracas;
Diarréia;
Gases intestinais;
Inchaço abdominal;
Queda de cabelo;
Fadiga;
Feridas e coceiras na pele.

Não ignore nenhum desses sintomas, pode ser que a intolerância ao glúten esteja silenciosa, mas ela precisa ser investigada sim, essa doença se não for administrada, pode levar o paciente a um estado gravíssimo, e gerar um câncer intestinal. 
A dieta isenta de glúten é extremamente importante, todo cuidado precisa ser tomado. 

Adorei dividir a minha história com você, já que tem sido a dúvida de algumas pessoas que chegam até mim. 
E se você quiser perguntar alguma coisa e até mesmo me dar dicas referentes ao assunto, fique a vontade, afinal, troca de informações e experiências, agregam muito à mim. 

#293diassemglúten




3 comentários:

  1. Nossa, que legal encontrar seu blog. Sou celíaca também e passei pelos transtornos parecidos, o meu problema era eterna queda de cabelos e unhas fracas, depois foi piorando e comecei a ter fortes dores abdominais e os médicos que eu ia só mandavam eu tomar omeprazol! Passei 1 ano tomando omeprazol e nunca melhorava, era horrível. De repente, resolvi chutar qualquer gastro e achei o meu salvador, dr. Gustavo, que foi muito atencioso e suspeitou do gluten, dito e feio, era!
    Também me assustei quando me falou que eu não poderia comer mais gluten, chorei muito, não aceitava de jeito nenhum q não poderia comer mais trigo, mas depois da dieta sem gluten e como eu me senti melhor, acho que nada paga.
    Moro em Brasília e aqui não tem muitas opções para celíacos, na verdade, é bem pouco. Até comer na rua me deixa um pouco preocupada porque tenho que confiar que realmente não tem ou não saio pra comer.
    Poxa, adorei ler sua história!!!
    Tem 1 ano e 3 meses que não como mais gluten.
    Um dia irei a SP comer essa pizza sem gluten que vc comentou em outro post.
    Abcs,
    Ana Catarina

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  2. Minha intolerância é leve.mais quando como coisas que eu não lia o contém glúteo, nossa a dor de cabeça, o abdômen delatam rápido depois a diarréia,faço a dieta pois sofro com a dor de cabeça muito forte e abdômen despendido e dor abdominal.bj quero seu glog.VC me passa.bj

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  3. Minha intolerância é leve.mais quando como coisas que eu não lia o contém glúteo, nossa a dor de cabeça, o abdômen delatam rápido depois a diarréia,faço a dieta pois sofro com a dor de cabeça muito forte e abdômen despendido e dor abdominal.bj quero seu glog.VC me passa.bj

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