quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Empresas investem em alimentos sem glúten

Se para um celíaco, comer fora era algo complexo, hoje com a ajuda de alguns empresários investidores, é algo mais agradável do que nunca.

Recentemente li que um grupo de empresários, além de conviverem com a intolerância ao glúten, enxergaram nessa área, uma grande oportunidade de fabricação de alimentos especiais e resolveram apostar nesse ramo de  negócios. 

Isso faz com que a indústria voltada para essas pessoas com alguma restrição alimentar, cresça cada vez mais, dando uma solução mais criativa para quebrar a barreira de não conseguir comer algo tão simples como um pão sem glúten.

Uma dessas empresas é a Associação Fartura Alimentos criada a sete anos como uma ONG. Ela tinha como proposta inicial ajudar pequenos agricultores com a armazenagem de alimentos. Mas como a ONG fazia visitas à comunidades agrícolas, notou-se a necessidade de ajudar os produtores a desenvolverem uma produção industrial. Então, a ONG passou a ser procurada para assessorar os produtores de diversas áreas agrícolas, como a do café, da banana, do mel e até a do peixe.

"Percebemos que não tínhamos estrutura para atender a todos esses ramos de conhecimento, então decidimos ter um carro chefe para atuar nisso. Pensamos: o que todo pequeno agricultor planta? Milho. O que se consome no mundo inteiro sem restrição? Macarrão. Então resolvemos fazer o macarrão de milho.", conta o presidente da associação Ricardo Assumpção.

A ONG investiu quase R$ 3milhões em cinco anos para desenvolver a fabricação do produto. Há quatro meses a indústria entrou no mercado com a marca Tivva que patentou a ideia de inovação feita na Itália, onde existe um produto parecido, mas lá o macarrão sai do fubá depois de dois processos, aqui esse processo foi reduzido para um.

A indústria é localizada em Sorocava (SP) e a indústria fabrica cerca de 50 toneladas por mês do produto. O milho é fornecido por mais ou menos 40 produtores que recebem de volta o produto processado. A ONG conta com 22 distribuidores e 300 pontos de venda. A expectativa é de que o negócio dê lucro em cinco meses.



O público alvo da empresa não são só os intolerantes ao glúten, o objetivo é vender também para prefeituras que precisam por lei, destinar parte da verba federal para a merenda escolar a produtos de pequenos agricultores. O que na minha opinião, é muito bacana, pois além de valorizar o trabalho desses pequenos agricultores, vai reeducar a alimentação dessas pessoas. 

Eu ainda não experimentei o macarrão da Tivva, mas estou ansiosa para experimentá-lo, a loja onde compro meus produtos sem glúten, fala muito bem da marca. 

Outra história que vale muito a pena ser compartilhada é a de um jovem investidor que descobriu ser intolerante ao glúten aos 50 anos, seu nome é Paulo Brueckheimer.
Ele começou a fabricar seus próprios pães sem glúten por ter dificuldade de encontrar esse produto pronto nas gôndolas de mercados. Então, franqueado a uma rede de frango frito, o empresário passou a receber pedidos dos pães sem glúten e percebeu ai uma grande chance de criar uma indústria.

Foi ai que Paulo resolveu se aposentar e fazer um curso de gastronomia.
Desde então os clientes foram se multiplicando e a Aminna fabrica hoje, 45 toneladas por mês de pães, bolos, biscoitos, torradas e mistura para pães. E não para por ai, a tendência é crescer ainda mais e em dois anos, aumentar cera de oito vezes a fabricação desses alimentos.

A Aminna conta com 200 pontos de venda em todo o País, e o Grupo Pão de Açúcar tem uma parceria com a empresa.

Segundo Paulo, é um pouco difícil ter a textura, o gosto e a aparência desses produtos substituindo o trigo pelo arroz, a mandioca, a batata e o milho, mas o investimento em maquinário para processar esses alimentos tem sido grande, e a empresa deseja crescer cerca de 45% neste ano.



Eu adoro os produtos da Aminna, os pães de mel e as torradas são os meus preferidos. Quero experimentar os pães sem glúten mas um em especial, o pão de hambúrguer sem glúten. 

Pra mim, ler uma coisa dessas, me deixa muito feliz. Pois são pessoas que sabem o que um celíaco passa na hora de encontrar o que pode comer. Sabem que isso não é uma tarefa fácil, e viabilizar isso é uma coisa que enche o coração de esperança, trazendo soluções para o dia a dia de quem tem a intolerância ao glúten. 
Fica aqui, o meu muito obrigado à essas empresas. 

#292diassemglúten




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